terça-feira, 16 de julho de 2013

Sobre "falar errado"...

Hoje eu estava em um órgão público quando comecei a ouvir, sem querer, a conversa de três mulheres, acredito que todas funcionárias do local. Elas riam muito com um vídeo baixado em um celular de uma delas intitulado "Açuletrações da professora Irene". Basta buscar no Youtube que podemos encontrá-lo facilmente... Dá para rir aos montes vendo o vídeo, porém a crítica aos falares do povo, ou seja, a uma variedade não padrão, só mostra claramente como nossa sociedade tem ridicularizado os menos favorecidos por meio de sua linguagem. Entre as palavras soletradas pela pessoa, a Irene, temos alguns casos de palavras típicas do nordestino, aquele do interior, o semianalfabeto ou analfabeto, o pobre, o desfavorecido... por isso deve ser tão engraçado.
Esse não é o único caso de preconceito linguístico nas redes sociais. No facebook encontramos a todo momento críticas às variedades não padrão. Em programas de TV essa prática já é antiga. Na nossa inocência política e linguística rimos também, criticamos, nos fazemos donos da verdade como se todos nós dominássemos plenamente uma variedade considerada padrão... e será que dominamos? Até que ponto, mesmo se dominássemos, teríamos o direito de ridicularizar a fala do outro?
Falta bom senso e acima de tudo conhecimento acerca do assunto para nos posicionarmos diante de uma fala a qual consideramos "errada", "engraçada" ou até mesmo "ridícula". Afinal, respeito é bom e todo mundo gosta.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Não sei como a humanidade vai prosseguir sua trajetória na situação em que se encontra. A violência, a crueldade, o ódio, a vingança, a falta de amor e compaixão pelo outro, a vingança, estão absurdamente  tomando conta de tudo! Eu fico "doente" com tantas notícias péssimas, principalmente em nossa cidade, que está cada vez mais violenta. Fico me perguntando o porquê de tudo isso, e tentando visualizar uma solução. Muitos acham que basta colocar polícia na rua ou criar a pena de morte, mas eu acho que por mais necessário que seja tomar medidas emergenciais, é preciso muito mais trabalhar na base de tudo que é a EDUCAÇÃO. Se a família e a escola não foram os ambientes onde os futuros cidadãos aprenderão o que é conviver em sociedade, infelizmente as notícias serão essas que estamos vendo e ouvindo todos os dias. Ficaremos em casa trancados com medo de sair, criaremos nossos filhos sem liberdade, temeremos viver...quem sabe, quando a sociedade deixar de ser tão individualista, isso possa melhorar. A violência nada mais é do que o sintoma de uma sociedade DOENTE.

domingo, 19 de maio de 2013

Futebol é polêmico, ou seria uma polêmica?

No final de semana em que grandes times disputaram a final dos campeonatos estaduais, vi no facebook quanta polêmica um jogo pode causar na vida do povo brasileiro. São inúmeras discussões acerca dos resultados, dos lances, dos campeões e perdedores, do que poderia ter sido e do que realmente foi.  Quem perde se ofende, mas não quer perder a piada, por isso procura logo um ponto fraco no rival para criticar. Já quem ganha fica feliz mas também não deixa de cutucar a onça com vara curta, fazendo pirraças e tirando sarro de quem perdeu. Alguns mais afoitos xingam, brigam e ganham inimigos virtuais e até reais.
O que isso pode significar? Para mim, em alguns momentos parece uma forma de assumir origens, gostos paixões, pois o futebol se envolve com tudo isso, em outros momentos já vejo um pouco de desejo de afirmação e reconhecimento das pessoas por parte das outras quando querem mostrar que torcem pra time X pois o mesmo está na mídia apresentado como campeão.
Mas como tudo na vida, futebol também é passageiro. Hoje ganha, amanhã já perdeu. Se hoje é campeão, amanhã já deixa de ser, dando a vez a outro. Isso me faz lembrar o jogo entre o Barcelona e o Bayern há poucos dias, quando o Barça perdeu mas seus torcedores o aplaudiram, não fizeram bagunça no estádio nem quiseram matar o técnico ou o árbitro. É a arte de saber perder, e nem todos estamos acostumados com isso.
Enfim, parabéns aos vencedores, força aos derrotados pois a vida, ou melhor, os campeonatos continuam. E lembrando que um pais onde seu povo tem educação de qualidade, os reflexos serão vistos em toda parte, até mesmo nos estádios de futebol, nas conversas de rua ou virtuais, nas discussões, nas comemorações, na vida.
Será que amanhã conseguirei dar aula com tantos comentários na sala????

Essa vai especialmente para meus alunos do 9º ano, os quais produziram textos sobre a importância da leitura e estão prestes a postá-los em seus blogs.
Vamos ler!!!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Opinião é opinião. É de cada um. Em alguns momentos a subjetividade falará mais alto, extrapolará os limites. Isso é preciso, faz parte da humanidade.
Em outros momento, contudo, a subjetividade fere. O outro não entende, não tolera, se acha agredido pela opinião que difere da sua. Estaremos nós preparados para ouvir a opinião alheia? E o outro, estará disposto a falar sem ofender?
Se fulano prefere verde e beltrano amarelo, pelo fato do primeiro divergir da ideia do segundo, muitos problemas podem surgir. Fulano gritará mais, e beltrano berrará mais para sua opinião ser ouvida e aceita...e por aí vai.
No caos em que se encontra a humanidade hoje, são muitas as divergências de ideias, muita intolerância, não há consensos, o diálogo dá lugar à agressão verbal...Onde iremos parar?
Cabe a cada ser que se diz humano colocar-se, opinar, mas também ouvir, refletir, repensar... e assim poderemos seguir em frente...

terça-feira, 16 de abril de 2013

5, 4, 3, 2, 1.... começando a escrever.
Um blog serve para muitas coisas, inclusive para escrever! Aqui desejo expor minhas ideias, sem medo algum de ser censurada. Desejo colocar questões do dia a dia, perguntas sem respostas, divagações, sonhos, desejos...tudo que qualquer ser humano faz ou deveria fazer.

“Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada… Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro, não é?”

Clarice Lispector
Quero, sim, desabrochar...